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Ondas de esperança
Com o Escolas nas Ondas de Rádio, jovens de Campestre (AL), têm a oportunidade de se profissionalizar ao mesmo tempo em que expandem seus horizontes culturais
Rodrigo de Oliveira tem 16 anos. Allef Kauã dos Santos, 15. Os dois adolescentes vivem na pequena Campestre, cidade com pouco mais de sete mil habitantes localizada na região da Zona da Mata de Alagoas. Os destinos de Rodrigo e Kauã, até recentemente, pareciam seguir o mesmo rumo das vidas de tantos outros jovens do município: trabalhar na agricultura de subsistência local ou buscar oportunidades em cidades maiores. Porém, graças ao projeto Escolas nas Ondas de Rádio, a realidade dos dois garotos está aos poucos sendo transformada, assim como a de diversos outros adolescentes do município.
Buscando enfrentar vulnerabilidades sociais por meio da profissionalização, a iniciativa vem capacitando seus beneficiários para atuarem no setor audiovisual. “O projeto abriu muitas possibilidades para mim. Estou aprendendo sempre e melhorando meus estudos e minha comunicação com as pessoas. Desde que entrei eu me identifiquei com a função de cinegrafista. O meu plano para o futuro é seguir essa carreira”, conta Rodrigo.
Allef prefere a locução: “Por meio do projeto eu expandi minhas possibilidades profissionais, mas não foi só isso. Eu melhorei também como pessoa e conheci novas pessoas. No futuro, gostaria de trabalhar como locutor, mais especificamente em narração esportiva”, comenta, cheio de esperança.
Buscando enfrentar vulnerabilidades sociais por meio da profissionalização, a iniciativa vem capacitando seus beneficiários para atuarem no setor audiovisual. “O projeto abriu muitas possibilidades para mim. Estou aprendendo sempre e melhorando meus estudos e minha comunicação com as pessoas. Desde que entrei eu me identifiquei com a função de cinegrafista. O meu plano para o futuro é seguir essa carreira”, conta Rodrigo.
Allef prefere a locução: “Por meio do projeto eu expandi minhas possibilidades profissionais, mas não foi só isso. Eu melhorei também como pessoa e conheci novas pessoas. No futuro, gostaria de trabalhar como locutor, mais especificamente em narração esportiva”, comenta, cheio de esperança.
Como o Escolas nas Ondas do Rádio funciona
Colocando o aprendizado em prática: Karinny Letícia e Jair Alexandre da Silva, beneficiários do projeto Escolas nas Ondas de Rádio.
Em 2019, um diagnóstico realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Campestre indicou a necessidade de um projeto social paralelo às políticas públicas existentes no município, que gerasse oportunidades de profissionalização para os adolescentes da cidade. “Já existiam os programas de combate à violação de direitos, tocados pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). Porém, quanto à geração de emprego ainda estávamos carentes. O projeto foi elaborado com enfoque nessa questão”, explica Adriana Cristina dos Santos, psicóloga do programa.
Com sede na Campestre FM — rádio comunitária que há 24 anos atua no terceiro setor —, o Escolas nas Ondas do Rádio atende 100 adolescentes de 12 a 17 anos. Por meio das tecnologias de comunicação, principalmente o rádio e a internet, os participantes aprendem a operar equipamentos de gravação e a utilizar ferramentas de edição de áudio e vídeo, obtendo conhecimentos valiosos para futuras inserções no mercado de trabalho.
Por meio de parcerias com a rede de serviços municipal e instituições privadas, o projeto também investe na formação integral dos jovens. Para isso, oferece oficinas, como a de combate às violações de direitos, e programas de reforço escolar que visam a redução da evasão.
Em 2019, um diagnóstico realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Campestre indicou a necessidade de um projeto social paralelo às políticas públicas existentes no município, que gerasse oportunidades de profissionalização para os adolescentes da cidade. “Já existiam os programas de combate à violação de direitos, tocados pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). Porém, quanto à geração de emprego ainda estávamos carentes. O projeto foi elaborado com enfoque nessa questão”, explica Adriana Cristina dos Santos, psicóloga do programa.
Com sede na Campestre FM — rádio comunitária que há 24 anos atua no terceiro setor —, o Escolas nas Ondas do Rádio atende 100 adolescentes de 12 a 17 anos. Por meio das tecnologias de comunicação, principalmente o rádio e a internet, os participantes aprendem a operar equipamentos de gravação e a utilizar ferramentas de edição de áudio e vídeo, obtendo conhecimentos valiosos para futuras inserções no mercado de trabalho.
Por meio de parcerias com a rede de serviços municipal e instituições privadas, o projeto também investe na formação integral dos jovens. Para isso, oferece oficinas, como a de combate às violações de direitos, e programas de reforço escolar que visam a redução da evasão.
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Nós vivemos em um município predominantemente urbano, mas que não possui indústrias e nem serviços, então grande parte da nossa população depende de bolsas governamentais e cargos públicos. A vulnerabilidade dos jovens daqui é muito grande
"Antonio Buarque de Lima Junior
Diretor Técnico do projeto.
Ondas que reverberam
Adolescentes participam da V Conferência da Criança e do Adolescente na sede do projeto.
“O projeto traz mais do que resultados e números. Ele traz também esperança para esses jovens que, muitas vezes, não têm perspectiva de crescimento profissional dentro do município”, acredita Emilane Holanda, monitora técnica da iniciativa. As conquistas, porém, vão além da criação de novas oportunidades de vida e carreira. O projeto também se preocupa em promover a cidadania de seus beneficiários. “Trabalhamos o lado profissional, mas eu vejo mais do que isso. Eu vejo pessoas evoluindo. Adolescentes mudando de pensamento, se tornando mais empáticos e mais humanos. Com uma consciência social diferente”, conclui Adriana.
“O projeto traz mais do que resultados e números. Ele traz também esperança para esses jovens que, muitas vezes, não têm perspectiva de crescimento profissional dentro do município”, acredita Emilane Holanda, monitora técnica da iniciativa. As conquistas, porém, vão além da criação de novas oportunidades de vida e carreira. O projeto também se preocupa em promover a cidadania de seus beneficiários. “Trabalhamos o lado profissional, mas eu vejo mais do que isso. Eu vejo pessoas evoluindo. Adolescentes mudando de pensamento, se tornando mais empáticos e mais humanos. Com uma consciência social diferente”, conclui Adriana.