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Em Umarizal, lugar de criança é na escola
Com o Programa de Apoio a Crianças e Adolescentes, meninos e meninas de Umarizal (RN) participam de atividades educativas, formativas e esportivas que auxiliam na inclusão social e na garantia de direitos.
Gabriela, Isaque, Maria Cecilia, Cibele, Pedro Ravi, Israel, Lana Vanessa, Nikélisson e Hiago Gabriel são algumas das 100 crianças atendidas pelo PAIC.
12/07/2022
Fundada em 1958, Umarizal é uma jovem cidade de aproximadamente 10 mil habitantes, localizada no semiárido do Rio Grande do Norte. Tendo — como tantas outras localidades do semiárido nordestino — sua principal fonte de renda na agricultura familiar, Umarizal possui índices de evasão e defasagem escolar elevados. Isso se deve, em parte, à necessidade das famílias que, muitas vezes, dependem do trabalho de crianças e adolescentes para complementar a renda. Diante disso, diversos jovens são obrigados a deixar a escola antes de completarem o ensino básico.
12/07/2022
Fundada em 1958, Umarizal é uma jovem cidade de aproximadamente 10 mil habitantes, localizada no semiárido do Rio Grande do Norte. Tendo — como tantas outras localidades do semiárido nordestino — sua principal fonte de renda na agricultura familiar, Umarizal possui índices de evasão e defasagem escolar elevados. Isso se deve, em parte, à necessidade das famílias que, muitas vezes, dependem do trabalho de crianças e adolescentes para complementar a renda. Diante disso, diversos jovens são obrigados a deixar a escola antes de completarem o ensino básico.
Para enfrentar essa realidade, em 2022 o Programa de Apoio a Crianças e Adolescentes (PAIC), decidiu agir para reduzir a evasão escolar que se acentuou nos últimos dois anos no município. “A ideia do projeto surgiu justamente durante a pandemia, quando identificamos uma grande defasagem escolar. Após dois anos convivendo com o isolamento social e com as mudanças causadas pela Covid-19, muitos jovens não voltaram aos estudos. Então, vimos a necessidade de atendê-los diretamente, para realizar atividades que os redirecionassem para a escola”, explica Yasmin Maia Delfino Oliveira, coordenadora do programa.
Assim, de uma parceria entre o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e o Serviço de Convivência Municipal do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), surgiu o PAIC. Com foco em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de vulnerabilidade, o projeto realiza atividades educativas, formativas, esportivas e lúdicas. Embora seja bem recente, o PAIC já vem surtindo efeitos positivos no município: 100 crianças e adolescentes em situação de violação de direitos estão recebendo atendimento, fazendo com que o projeto funcione em sua capacidade máxima. Cerca de 80% dos atendidos que estavam fora da escola no início do ano já voltaram aos estudos.
Assim, de uma parceria entre o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e o Serviço de Convivência Municipal do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), surgiu o PAIC. Com foco em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de vulnerabilidade, o projeto realiza atividades educativas, formativas, esportivas e lúdicas. Embora seja bem recente, o PAIC já vem surtindo efeitos positivos no município: 100 crianças e adolescentes em situação de violação de direitos estão recebendo atendimento, fazendo com que o projeto funcione em sua capacidade máxima. Cerca de 80% dos atendidos que estavam fora da escola no início do ano já voltaram aos estudos.
A pedagoga Magna Souza e a coordenadora Yasmin Maia divulgam o PAIC na rádio local “FM Fraternidade”.
Atualmente, o PAIC funciona no CRAS de Umarizal, onde conta com uma sala, um espaço para atividades e uma equipe multiprofissional formada por uma pedagoga, uma assistente social e quatro orientadores sociais. A iniciativa realiza atendimentos especiais com os grupos de crianças e adolescentes, divididos por faixa etária, duas vezes por semana. O programa também faz buscas ativas nas residências de Umarizal para identificar outras crianças e jovens em situação de violação de direitos.
A cada mês são desenvolvidos temas específicos, nos quais a interdisciplinaridade é trabalhada por meio de atividades lúdicas e educativas. Em junho de 2022, por exemplo, os alunos trabalharam com a temática “meio ambiente: junho verde'', com atividades sobre coleta seletiva e reciclagem.
Atualmente, o PAIC funciona no CRAS de Umarizal, onde conta com uma sala, um espaço para atividades e uma equipe multiprofissional formada por uma pedagoga, uma assistente social e quatro orientadores sociais. A iniciativa realiza atendimentos especiais com os grupos de crianças e adolescentes, divididos por faixa etária, duas vezes por semana. O programa também faz buscas ativas nas residências de Umarizal para identificar outras crianças e jovens em situação de violação de direitos.
A cada mês são desenvolvidos temas específicos, nos quais a interdisciplinaridade é trabalhada por meio de atividades lúdicas e educativas. Em junho de 2022, por exemplo, os alunos trabalharam com a temática “meio ambiente: junho verde'', com atividades sobre coleta seletiva e reciclagem.
A equipe do projeto na festa junina do PAIC: Damon Pinheiro, Magna Souza, Barbara Camila, Yasmin Maia, Ana Luiza, Maria Isabella e Cayo Bruno.
Uma história que ilustra bem o impacto do projeto na vida das crianças e adolescentes de Umarizal é a de Juliano (nome fictício), um garotinho de seis anos que teve o pai assassinado. Depois do trauma causado pela perda inesperada, Juliano, que ainda aprendia as primeiras palavras, teve um bloqueio que interrompeu seu desenvolvimento da fala. Diante da situação, ele foi encaminhado ao programa por uma assistente social do CRAS.
“Na primeira atividade que realizamos, ele não quis participar, mas no segundo encontro já veio todo alegre e começou a esboçar as primeiras palavras. Hoje, o Juliano ainda não forma frases completas, porém se comunica e participa das atividades da maneira dele”, conta a coordenadora Yasmin Maia. Atualmente, Juliano é um garotinho sociável, que adora fazer amizades com as outras crianças, se alegra em participar das atividades e, gradualmente, se recupera da experiência que marcou sua primeira infância.
Uma história que ilustra bem o impacto do projeto na vida das crianças e adolescentes de Umarizal é a de Juliano (nome fictício), um garotinho de seis anos que teve o pai assassinado. Depois do trauma causado pela perda inesperada, Juliano, que ainda aprendia as primeiras palavras, teve um bloqueio que interrompeu seu desenvolvimento da fala. Diante da situação, ele foi encaminhado ao programa por uma assistente social do CRAS.
“Na primeira atividade que realizamos, ele não quis participar, mas no segundo encontro já veio todo alegre e começou a esboçar as primeiras palavras. Hoje, o Juliano ainda não forma frases completas, porém se comunica e participa das atividades da maneira dele”, conta a coordenadora Yasmin Maia. Atualmente, Juliano é um garotinho sociável, que adora fazer amizades com as outras crianças, se alegra em participar das atividades e, gradualmente, se recupera da experiência que marcou sua primeira infância.
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O Juliano fez progressos imensos em um período curto de tempo. E a cada novo encontro nós podemos notar uma evolução
"Yasmin Maia Delfino Oliveira
Coordenadora do PAIC
Mas não são só os traumas que acabam limitando o desenvolvimento das crianças e adolescentes de Umarizal. A cidade possui uma alta porcentagem de menores de 18 anos com deficiências físicas e intelectuais. No momento, 16 jovens no espectro autista são atendidos pelo PAIC. Embora o foco do projeto não sejam crianças e adolescentes neurodivergentes ou com deficiências, todos são atendidos e encaminhados para outros serviços do município, promovendo, assim, a inclusão.
Bárbara Camila de Paiva, assistente social do programa, está sempre em contato com as famílias para monitorar a evolução dos atendidos, tanto em casa quanto na sede do PAIC. Além disso, como destaca Yasmin, o trabalho da pedagoga do projeto, Magna Souza, é fundamental para o acolhimento, pois é ela quem direciona as atividades e oficinas de maneira que todos os beneficiários possam exercer uma participação ativa junto ao programa.
Bárbara Camila de Paiva, assistente social do programa, está sempre em contato com as famílias para monitorar a evolução dos atendidos, tanto em casa quanto na sede do PAIC. Além disso, como destaca Yasmin, o trabalho da pedagoga do projeto, Magna Souza, é fundamental para o acolhimento, pois é ela quem direciona as atividades e oficinas de maneira que todos os beneficiários possam exercer uma participação ativa junto ao programa.
Crianças participam de atividade educativa ministrada no PAIC.
A história de Catarina (nome fictício), de nove anos, com deficiência auditiva, demonstra como a iniciativa vem trabalhando a inclusão. Ela está no projeto desde o início, encaminhada pelo Serviço de Convivência do CRAS. A comunicação com Catarina é feita por meio de linguagem de sinais e, segundo Yasmin, após esse suporte ela acabou se desenvolvendo muito em suas atividades. Catarina também adora pintura, desenho e é muito querida. Após o início do seu acompanhamento pela equipe do PAIC, ela fez diversas amizades com meninas de sua idade.
Com o apoio do Amigo de Valor, o PAIC conseguiu dar início às suas atividades em março de 2022. O aporte financeiro viabilizou, entre outras coisas, a compra do material necessário para a realização de atividades, a aquisição de suporte tecnológico para as atividades remotas e o treinamento da equipe. As capacitações oferecidas pelo Amigo de Valor merecem destaque pois, segundo Yasmin, “servem para filtrar e direcionar as atividades, orientando nossa prática”.
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Estamos trabalhando incessantemente para o programa se tornar uma política pública, porque as crianças e adolescentes são um público que precisa de um trabalho incisivo
"Yasmin Maia Delfino Oliveira
Coordenadora do PAIC