Atualizado em 19-06-2024

por Equipe Santander

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Na imagem temos um texto à esquerda com a frase 'Negocie o valor do seu aluguel'. Já à direita, temos uma ilustração que representa uma casa e duas mãos segurando chaves.

Quem já alugou um imóvel sabe que reajustes no contrato são comuns e ocorrem, normalmente, uma vez por ano. No entanto, pode acontecer de você, o inquilino, não conseguir arcar com o novo valor proposto pelo locador.

Afinal, o aumento do aluguel pode estourar o orçamento e trazer dificuldades financeiras, forçando um novo planejamento das despesas em cima da hora. Tudo isso, pode ocasionar em dívidas e dificuldades para se manter na propriedade.

E o que fazer quando isso acontece?

Renegociar o novo valor pode ser crucial para manter as contas em dia e evitar que as finanças fiquem apertadas ao final do mês.

Neste artigo, você confere porque o aumento desses contratos acontece, além de dicas de como ter essa conversa e não prejudicar o seu orçamento. Boa leitura!

Meu aluguel vai ser reajustado, e agora? Conheça 6 dicas para negociar o valor

O reajuste não cabe no seu bolso e você não conseguirá arcar com o novo valor do contrato? A melhor alternativa é tentar negociar com o proprietário, principalmente se o ajuste do índice for muito alto. Para isso, fique por dentro de algumas dicas de como conversar com o seu locador nesta situação:

1 - Aponte os benefícios de ter você como inquilino

Sinalizar que você é um bom inquilino pode ajudar suas chances de negociação. Mostre que você não atrasa os pagamentos, cuida bem do imóvel, realiza constantes melhorias na residência e tem uma boa relação com os vizinhos.

2 - Seja transparente

Mostre que você está disposto a reconsiderar o ajuste assim que a sua situação financeira melhorar. Apresente comprovantes que demonstrem a sua renda atual e as dificuldades que o aumento trará para a sua vida financeira.

Você também pode propor um novo valor para pagar o aluguel que seja justo para as duas partes.

3 - Compare valores

Compare o valor do seu aluguel com outros imóveis do mesmo porte na região onde mora. Use esses dados para propor um valor alternativo que você possa pagar ou para manter o valor antigo.

Trazer dados dessa pesquisa pode te ajudar a formar um argumento mais certeiro.

4 - Revise o contrato

Antes de falar com o proprietário, revise o seu contrato de aluguel, principalmente as cláusulas sobre reajustes. Esse processo é essencial para ter argumentos melhores durante a conversa.

5 - Conheça os direitos e deveres do inquilino

Você sabia que existe a Lei do Inquilinato (nº 8.245/91) na legislação brasileira?

De acordo com a lei, o proprietário deve avisar sobre possíveis aumentos com até 30 dias de antecedência, para que o inquilino consiga se preparar financeiramente.

É fundamental conhecer para entender seus direitos como inquilino. Mas, além disso, conhecer as leis pode te ajudar com outras dúvidas, e até mesmo o que qualifica uma ação legal, caso necessário.

6 - Comunicação clara e objetiva

No momento da conversa, aborde o proprietário ou a imobiliária de forma cordial e objetiva, sempre com uma comunicação clara e transparente.

Negocie com base em todos os dados que levantou anteriormente, e apresente suas ideias: manter o valor anterior, sugerir estender o prazo de pagamento para o novo valor, redução de despesas, encontrar um valor justo para ambas as partes, entre outras.

Lembre-se: mesmo que não esteja precisando de um reajuste agora, manter um bom relacionamento com o proprietário é essencial para evitar atritos. Use o bom senso e o diálogo para tentar negociar um valor que você pode pagar. E assim, com um bom plano de negociação, você pode conseguir um acordo favorável com o proprietário.

No fim, o importante é garantir que ambas as partes fiquem satisfeitas.

E se a negociação para diminuir o valor não der certo, o que fazer?

Se você não tiver sucesso na conversa com o proprietário e não conseguir reajustar o valor do seu aluguel, mantenha a calma. A situação pode ser desafiadora, mas há algumas estratégias que podem te ajudar:

- Reavalie o seu orçamento

Tente cortar despesas desnecessárias ou busque formas de obter uma renda adicional. 

- Busque um novo imóvel

Mudar de residência não é um processo fácil, e pode ser muito cansativo. Porém, se o reajuste estiver além das condições financeiras, é melhor procurar imóveis com preços mais flexíveis e que caibam no seu bolso, inclusive na mesma localização onde você já está adaptado, para não ter uma mudança de rotina tão repentina assim.

- Solicite ajuda financeira

Se as duas dicas anteriores não forem viáveis para o seu momento, considere a possibilidade de um empréstimo pessoal para cobrir custos temporários. Mas, lembre-se, use essa opção com muita responsabilidade. Saiba mais aqui!

- Se estiver pronto para dar mais um passo...

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Por que o aluguel aumenta?

De acordo com a legislação brasileira, o reajuste no aluguel pode ocorrer em todo aniversário do contrato, ou seja, a cada 12 meses, a partir do momento da locação.

É importante lembrar que, desde que esteja previamente acordado, o proprietário também pode reajustar o contrato por diversos motivos, como a inflação do país no momento, manutenção, melhorias e reformas na propriedade que podem gerar uma valorização do imóvel, despesas eventuais, e o motivo mais comum: alteração no índice IGP-M, caso seja a taxa de referência no contrato.

O que é o índice IGP-M e como ele é calculado?

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é um relevante índice econômico calculado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgado ao final de cada mês. Ele mede a variação dos preços de produtos e serviços do mercado, funcionando como um termômetro da inflação.

É o IGP-M que indica a variação na porcentagem do aluguel de imóveis, contas de internet, tarifas de energia elétrica, entre outros que sofrem reajustes de acordo com o momento econômico (inflação, alta do dólar, etc.).

Ele é formado por três subíndices que monitoram a variação dos preços de bens, serviços e matérias-primas. A partir dos três índices é calculado a variação e oscilação de preços e o impacto da inflação no dia a dia do brasileiro. Saiba quais são eles:

- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - Mede a variação de preços de produtos agropecuários e industriais antes da venda ao consumidor final. Esse índice corresponde a 60% do cálculo do IGP-M.

- Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - Avalia a variação de preços de um conjunto de bens e serviços que fazem parte da rotina de famílias brasileiras. Esse índice corresponde a 30% do cálculo e inclui preços de alimentos, vestuário, habitação, saúde, educação, transporte, entre outros.

- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) - Acompanha os preços de materiais de construção, serviços e mão de obra. Representa 10% do cálculo. 

Por que o IGP-M reflete no reajuste do aluguel?

Por influenciar os preços do mercado, inclusive o imobiliário, com base na inflação do país, o IGP-M também é responsável por medir o reajuste dos aluguéis.

Como isso acontece? Se o IPA-M, que representa 60% do cálculo do IGP-M, subir muito nos últimos meses devido à alta nas commodities (soja, milho, trigo, arroz, café), isso significa que as matérias-primas vão ficar mais caras.

Com isso, a inflação sobe, o real desvaloriza em relação ao dólar, e toda a economia sofre um grande impacto, ocasionando no reajuste de muitas coisas do dia a dia, inclusive os contratos de aluguéis.

Então, quanto vai ser o reajuste do aluguel?

A cada 12 meses, o contrato de aluguel pode sofrer um reajuste no valor cobrado, e o novo aluguel é calculado a depender do valor do IGP-M nos últimos 12 meses daquele ano. Por isso, o índice também ficou conhecido como a inflação do aluguel.

Para saber quanto vai ser o reajuste do aluguel, há um cálculo que você pode fazer para prever:

Você vai precisar do valor do seu aluguel atual e do valor acumulado do IGP-M dos últimos 12 meses, que é possível encontrar facilmente em sites jornalísticos.

Por exemplo, se o IGP-M acumulado dos últimos 12 meses for de 13,75%, basta dividir esse valor por 100.

13,75 / 100 = 0,1375

Agora, pegue o valor do seu aluguel, por exemplo, R$ 2.500. A conta fica:

2.500 x 0,1375 = 343,75

Para exemplificar: se o seu contrato de aluguel venceu em abril de 2024, até o próximo vencimento em abril de 2025, você terá que pagar R$ 2.500 + R$ 343,75 = R$ 2.843,75.

Lembre-se que esta é uma simulação com números fictícios apenas para demonstrar o cálculo.

Para você saber: dependendo do cenário econômico, o valor do índice varia muito, por exemplo, durante a pandemia do COVID-19, o índice chegou a valores elevados de 31%.

Mas, também pode acontecer de o valor acumulativo do IGP-M dos últimos 12 meses ser negativo, como, em abril de 2024 é de -3,04%. Nesse caso, não significa que o cálculo é negativo e você terá desconto no aluguel, já que a maioria dos contratos não possibilita reajustes de desconto, apenas reajustes de acréscimo.

Se você tiver dúvidas, pode sempre olhar o seu contrato ou conversar com o locador. Para saber mais como o IGP-M impacta no valor do seu aluguel, confira no Blog Santander:

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Fonte: Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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