Escolher onde investir pode ser desafiador, especialmente com tantas siglas e alternativas disponíveis. Entre os produtos e índices de rentabilidade mais mencionados no mercado estão o CDB e o CDI.
Apesar de terem nomes semelhantes, eles têm funções diferentes no universo financeiro. Neste conteúdo, você vai entender o que significa cada sigla, como elas se relacionam e quais aspectos considerar antes de investir.
Seja você iniciante ou já familiarizado com investimentos, este guia é para você investir cada vez melhor e aprimorar as suas estratégias.
Qual é a diferença entre CDB e CDI?
A diferença entre CDB e CDI está na função de cada um no mercado financeiro:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário): é um tipo de investimento de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro. Quando você investe em um CDB, está emprestando dinheiro ao banco, que paga juros em troca.
- CDI (Certificado de Depósito Interbancário): não é um investimento disponível para o grande público, mas uma taxa usada como referência para calcular os rendimentos de diversos produtos financeiros, como o CDB.
Em resumo, você pode investir em um CDB, mas o CDI é apenas uma métrica que ajuda a definir quanto seu investimento pode render.
O que é CDB?
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um tipo de investimento oferecido por bancos. Funciona assim: você "empresta" dinheiro ao banco, e, em troca, ele paga juros sobre esse valor.
O rendimento pode ser pré-fixado (você sabe quanto vai receber no final) ou pós-fixado (o rendimento varia conforme uma taxa de referência, como o próprio CDI).
Ou seja, é uma opção para quem busca rentabilidade em aplicações oferecidas por instituições financeiras.
O que é CDI?
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa baseada no empréstimo entre instituições financeiras e usada no mercado como referência para calcular o rendimento de diversos investimentos, como CDBs e outros produtos.
Ele representa os juros cobrados em empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos. Para investidores, o CDI é importante porque muitos investimentos pós-fixados têm seu rendimento atrelado a um percentual dessa taxa, funcionando como um indicador do retorno potencial da aplicação.
O que rende mais: CDB ou CDI?
A resposta para isso depende do tipo de CDB e das condições do mercado, já que o CDI não é um investimento, mas uma taxa de referência.
Os CDBs podem ter três formas de rendimento:
- Pré-fixado: o rendimento é definido no momento do investimento, como 10% ao ano. Você sabe exatamente quanto vai receber no final.
- Pós-fixado: o rendimento varia com uma taxa de referência, como o CDI. Por exemplo, um CDB que rende 100% do CDI acompanha as oscilações dessa taxa.
- Híbrido: combina uma taxa fixa e outra variável, como “5% ao ano + IPCA”. Nesse caso, você recebe uma parte fixa mais a variação da inflação.
Portanto, o rendimento de um CDB dependerá do tipo escolhido, da taxa oferecida e da comparação com o CDI no período. Em geral, CDBs que pagam 100% do CDI ou mais costumam ser atrativos.
O que significa CDB a 100% do CDI?
Quando um CDB rende 100% do CDI, significa que o retorno dele será igual ao percentual total da taxa CDI do período.
Por exemplo, se a taxa CDI for de 10% ao ano, o CDB pagará os mesmos 10% no mesmo intervalo de tempo.
Esse tipo de rendimento é comum em CDBs pós-fixados, onde o lucro acompanha as variações da taxa CDI, tornando-o uma referência importante para comparar diferentes produtos de investimento.
Ademais, tenha atenção que 100% do CDI não é sempre igual à Selic vigente, mas as duas taxas costumam ser próximas.
O CDI é calculado com base nos juros das operações entre bancos e reflete a taxa média dessas transações.
Já a Selic é a taxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central. Apesar de estarem relacionadas, o CDI tende a ser ligeiramente menor que a Selic, pois reflete os juros praticados no mercado interbancário, que têm uma dinâmica diferente.
CDB ou CDI: qual é o melhor para investir?
Cuidado com essa pergunta, pois, como vimos o CDB e o CDI não são alternativas diretamente comparáveis porque cumprem papéis diferentes.
O CDB é um título e, portanto, um investimento. Já o CDI é somente uma taxa usada como referência para calcular o rendimento de investimentos.
Portanto, você investe no CDB, e o CDI é apenas um indicador. A escolha de um bom CDB depende do percentual do CDI oferecido, das condições do mercado e dos seus objetivos financeiros.
Como avaliar um bom CDB pelo valor do CDI?
Para avaliar um bom CDB com base no CDI, observe o seguinte:
- CDB pós-fixado geralmente é atrelado ao CDI: quanto mais próximo de 100% do CDI ele oferecer, mais atrativo tende a ser. Por exemplo, um CDB que paga 120% do CDI significa que o rendimento será 20% maior que a taxa CDI.
- Taxa do CDI atual: se o CDI estiver em 10% ao ano, um CDB que paga 100% do CDI dará 10% de retorno anual.
- Compare com outros investimentos: verifique se o rendimento do CDB é competitivo em relação a outras alternativas de investimento no mercado.
Um bom CDB é aquele que oferece um percentual interessante do CDI, considerando também o prazo e a liquidez da aplicação.
Quais investimentos são atrelados ao CDI?
Diversos investimentos são atrelados ao CDI, especialmente aqueles que oferecem rendimento pós-fixado. Alguns exemplos são:
1 - CDB (Certificado de Depósito Bancário): muitos CDBs oferecem rendimento atrelado ao CDI, como 100% do CDI ou até mais.
2 - LCI/LCAs (Letras de Crédito Imobiliário/Agrícola): também podem ter rendimento vinculado ao CDI, mas possuem a vantagem de serem isentas de imposto de renda para pessoas físicas.
3 - Fundos de renda fixa: alguns fundos são compostos por ativos que acompanham o CDI, como os fundos DI.
4 - Debêntures pós-fixadas: algumas debêntures oferecem rendimento atrelado ao CDI, especialmente as de empresas que captam recursos no mercado financeiro.
Esses investimentos têm o CDI como referência para calcular o rendimento, o que significa que eles variam conforme a taxa do CDI.
Se precisar de ajuda para escolher ou saber como diversificar sua carteira diante dessas alternativas, consulte sempre um Assessor de Investimentos ou o gerente da sua conta. Lembre-se sempre de construir um portfólio condizente com seus objetivos e nível de tolerância ao risco.
Importante: os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Qualquer informação contemplada neste material deve ser confirmada quanto às suas condições, antes da conclusão de qualquer negócio. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. O Banco Santander (Brasil) S. A. (“Banco Santander”) não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo.
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