Sorrateira, inesperada, planejada ou sonhada desde a infância: seja como for, a vida adulta carregada de responsabilidades chega para todos! E para os que precisam ou escolhem encarar essa fase de forma totalmente independente, deixar a casa dos pais é o primeiro passo.
Mas, por mais que essa decisão represente liberdade e abra portas para novas experiências, a mudança não é tão simples assim. Para que a transição seja tranquila e livre de estresse, é fundamental se planejar com antecedência – principalmente na questão financeira.
Então, para te ajudar a colocar esse plano em prática sem traumas, criamos este guia prático com tudo o que você precisa saber para dar adeus ao ninho e partir para sua independência.
Boa leitura!
Primeiro passo: avalie sua situação financeira
Antes mesmo de começar a arrumar as malas para sair da casa dos pais, é essencial parar para fazer uma análise das suas finanças. Tudo começa com os pés no chão e a carteira nas mãos!
Sendo assim, uma das primeiras coisas a se fazer é ter um plano financeiro realista para garantir que você pode arcar com as despesas dessa nova fase. Nesse caso, alguns passos podem te ajudar nisso:
1. Coloque seus ganhos na ponta do lápis
É muito importante considerar seu salário e rendimentos mensais e colocá-los no papel (melhor ainda em uma planilha organizada) antes de pensar nos próprios gastos.
Eles nunca devem ser menores do que as despesas, por isso, deve ser o ponto de partida. Pense também em buscar opções de renda extra para criar seu “pé de meia”.
2. Crie um orçamento detalhado
É hora de listar todas as despesas fixas e variáveis, trazendo uma visão mais lúcida do fluxo de caixa e te ajudando a definir o quanto você pode gastar com moradia. Alguns dos gastos básicos incluem:
- Aluguel;
- Contas de luz, água, gás e internet (nada de conexões clandestinas – os famosos “gatos”, hein?!);
- Alimentação, considerando todas as refeições do dia preparadas em casa ou consumidas fora;
- Materiais de limpeza;
- Transporte;
- Lazer.
Inclusive, destacamos que a alimentação é também um item essencial para se pensar, pois pode pesar no orçamento. Para quem está prestes a sair da casa dos pais, é fundamental planejar as refeições que serão feitas e destinar um valor para comprar os mantimentos e encher a despensa.
Para se ter uma média de investimento, você pode checar o preço médio dos itens que compõem a cesta básica na sua cidade, e considerar quais você usaria no dia a dia para fazer as contas. E fica a dica: cozinhar em casa, normalmente, é muito mais econômico!
3. Defina metas de economia
Depois disso, você já consegue visualizar o quanto será preciso economizar para bancar as contas mais pesadas, como o aluguel do primeiro mês, caução, compra de móveis e eletrodomésticos básicos.
Some todos os gastos mensais que você vai ter e multiplique por seis meses, garantindo que você tenha uma reserva de emergência à altura da sua nova realidade. Isso será importante caso você precise de dinheiro imediatamente para algum imprevisto.
Por isso, é importante definir um teto de gastos: se você ganha R$ 4 mil por mês, tente manter as despesas em até R$ 2 mil, se possível, e deixar uma sobra para gastos pessoais e para a própria reserva.
Para colocar isso em prática, considere uma poupança ou investimentos de renda fixa como o Tesouro Direto, que são opções seguras para impulsionar seus rendimentos e te ajudar a alcançar seus objetivos mais rapidamente.
4. Considere dividir as despesas
Se você estiver realmente decidido a sair da casa dos pais, mas acha que o orçamento vai apertar se for sozinho, a opção de dividir o espaço e as despesas com alguém pode ser para você. Nesse caso, você pode dar um refresco nas contas, mas vai precisar se planejar bem e conciliar essa divisão com alguém que também seja responsável.
Finanças previstas, agora encontre o lar ideal
Com seus ganhos e despesas previstos, é hora de escolher a casa que você vai morar. Isso é crucial para essa transição, pois vai impactar não apenas na sua adaptação, mas principalmente no lado financeiro. É importante que o espaço fique em uma região mais segura, seja confortável, acessível e tenha todos os recursos e serviços que você precisa. Então, considere os seguintes pontos:
Defina a localização
A escolha de uma casa passa muito por sua localização, o que pode impactar no seu bolso pela questão de transporte para o trabalho, estudos e lazer. Por isso, pense em bairros que tenham infraestrutura mínima, com serviços essenciais de saúde, mercados e outros espaços importantes para você.
Faça uma boa pesquisa
Já no bairro escolhido para sua nova casa, agora é o momento de pesquisar bem o mercado. Use sites e aplicativos de aluguel para buscar opções de casas ou apartamentos que se encaixem no seu perfil e, não menos importante, no seu orçamento.
Leia avaliações de inquilinos e compare bem os preços. Considere também procurar pelo bairro opções disponíveis e contate as imobiliárias ou o proprietário – é possível que seja mais fácil fazer a negociação nesse caso.
Visite as opções de imóveis pessoalmente
Fotos e visitas virtuais nunca representam a realidade! Por isso, já coloque no seu planejamento fazer visitas presenciais para conferir o tamanho dos cômodos, a luminosidade, se há focos de mofo ou avarias e demais condições do imóvel – além da vizinhança e estrutura local.
Considere também opções de apartamentos ou casas vazias e mobiliados, o que pode variar o preço, mas representar uma comodidade para esse momento de mudança.
Se prepare para fazer negociações
Uma boa forma de economizar e encontrar um valor justo pelo seu aluguel é com uma boa negociação. Por isso é tão importante pesquisar bem, com calma, e entender o mercado para oferecer uma oferta que esteja dentro do seu orçamento e adequada às condições do imóvel.
Fique atento ao contrato de aluguel
Cantinho escolhido? Então, não deixe a emoção tomar conta e seja bastante racional na hora de fechar o contrato! Antes de assinar, leia tudo com bastante atenção e tire todas as suas dúvidas com o proprietário ou imobiliária.
Garanta que você entendeu e concorda com todas as cláusulas e obrigações, que vão dos pagamentos às possibilidades do espaço. Não abra mão da vistoria e registre com fotos o estado do local assim que você estiver no imóvel.
#DicaSantander: Mesmo sem ser obrigatório, é importante considerar um seguro residencial ao morar de aluguel. Em muitos casos, ele fica a cargo do proprietário, mas caso ele não tenha, é recomendável ter essa proteção.
Quer entender mais sobre o assunto e conhecer as vantagens de um seguro residencial nesse cenário?
Inclua o lazer no seu planejamento
Sair da casa dos pais pode exigir um tempo de adequação, por mais que eles te apoiem nesta decisão. Esse processo pode gerar uma certa ansiedade, mas não deve ser angustiante. Além disso, a vida adulta já é cheia de responsabilidades e contas a pagar – mas ela não se resume a isso!
Ainda na fase de planejamento, não deixe de colocar parte dos seus recursos em atividades de bem-estar e lazer: viajar, jantar fora às vezes, sair com os amigos e até uma boa massagem são alguns investimentos que você pode manter para ter uma rotina saudável.
E lembre-se: toda mudança pode gerar desconfortos, mas elas também são necessárias para nosso crescimento.
Precisa de mais dicas para organizar seu orçamento mensal e tirar seus planos do papel? Confira este conteúdo com os passos fundamentais para esse planejamento ser o ponto de partida da sua independência: