Se você é apaixonado por arte e fotografia, prepare-se para mergulhar em uma jornada fascinante sobre como nós, seres humanos, começamos a nos ver e nos representar ao longo da história.
Desde a antiguidade clássica, o desejo de se autorrepresentar já estava presente com as primeiras manifestações artísticas. Mas foi com o avanço da fotografia, no século XIX, que o autorretrato ganhou uma nova vida. Hoje, com câmeras digitais e as mídias sociais, a prática de registrar nossa própria imagem se tornou parte do cotidiano.
Com estreia no dia 04 de outubro, a exposição Narciso – a beleza refletida, no Farol Santander São Paulo, traz uma reflexão profunda e envolvente sobre a evolução da autoimagem, desde os tempos antigos até a era das selfies.
A exposição não só te convida a conhecer a história desse movimento, mas também a refletir sobre o impacto cultural da autoimagem em nossa cultura atual. Tudo isso em uma experiência sensorial que promete aprendizado e diversão para toda a família.
Não perca a oportunidade de viver essa experiência única e imersiva no Farol Santander. Boa leitura!
O que é o mito de Narciso?
Afinal, quem foi Narciso e por que a exposição leva seu nome? O mito de Narciso, alguém fascinado por sua própria beleza, atravessa mais de dois mil anos de história, inspirando artistas de diferentes épocas.
Durante o Renascimento, esse mito foi revivido como símbolo da busca pela identidade e do surgimento do autorretrato, um gênero artístico que se consolidou nesse período de grandes transformações na arte.
Para o teórico Leon Battista Alberti, Narciso foi o “inventor da pintura”, pois assim como ele se encantou com sua imagem refletida na água, o chamado “espelho d’água”, a pintura busca capturar a essência de quem contempla. Esse mito se tornou um paradigma da cultura ocidental, refletindo a relação entre o artista e sua própria imagem, algo que ressurge com força no fenômeno contemporâneo das selfies.
A exposição Narciso – a beleza refletida, no Farol Santander, explora esse conceito de forma imersiva, conectando o passado e o presente da autorrepresentação.
Como será a exposição?
Com curadoria de Helena Severo e Maria Eduarda Marques, a exposição ocupa o 22° andar do Farol Santander, em São Paulo, e oferece uma experiência visual e sensorial única.
O circuito expositivo apresenta uma instalação cênica que evoca o mito de Narciso, destacando a relação entre autoimagem e arte ao longo da história.
Entre os destaques está uma obra de Vik Muniz, que se apropria da tradição renascentista ao se retratar como o personagem Robin Bom Filho, da peça Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare. O busto, esculpido em mármore de Carrara por um robô, foi criado a partir de uma sofisticada operação fotográfica digital em 360 graus, capturando o artista maquiado e vestido como o personagem. Esta é a primeira obra de uma série inédita que contará com a participação de atores profissionais.
A exposição também apresenta a coleção particular de Lúcia Almeida Braga, organizada pelo arquiteto Márcio Rebello. A coleção reúne autorretratos produzidos em diversas técnicas e, num mesmo formato, por renomados artistas modernos e contemporâneos brasileiros, que foram comissionados e agrupados pelo colecionador, durante duas décadas, de modo a representar “a cara do Brasil” na virada do milênio.
E tem muito mais para explorar!
A história da Selfie
A exposição também oferece uma verdadeira viagem no tempo, mostrando a evolução dos autorretratos fotográficos analógicos até as selfies digitais que dominam nossas redes sociais. Através de uma linha do tempo, os visitantes poderão explorar como essa forma de autorrepresentação mudou ao longo dos anos.
Você sabia que a primeira selfie foi tirada em 1839? O pioneiro foi Robert Cornelius, que se fotografou em frente à sua loja de lâmpadas na Filadélfia, EUA. Desde então, a prática evoluiu, com registros icônicos como a selfie de Frank Sinatra em 1938, tirada em um espelho de banheiro, e a do Beatle George Harrison, que capturou a si mesmo em frente ao Taj Mahal em 1966.
Nos dias de hoje, a selfie se tornou parte da cultura pop, impulsionada pelos avanços dos smartphones. Na exposição, além de conhecer essa história fascinante, você poderá participar de uma experiência sensorial, onde espelhos multicoloridos refletirão variações da sua imagem – o cenário perfeito para criar suas próprias selfies.
Leia também – Teatro Santander: confira a programação completa
Quantas obras estarão na mostra?
A exposição contará com 110 obras distribuídas em três módulos que exploram a obsessão pela autoimagem e a consciência facial. A mostra propõe questionamentos corajosos sobre o mundo moderno, convidando o visitante a refletir sobre o mito de Narciso e o culto à autoimagem.
Como você leu acima, entre os destaques, estará um trabalho tridimensional do renomado Vik Muniz, apresentando um busto detalhado que traz à tona a complexidade da identidade visual. Além disso, a coleção particular de Lúcia Almeida Braga, com 120 autorretratos de artistas brasileiros contemporâneos, estará em exibição, revelando as múltiplas formas de autorrepresentação.
A exposição também contará com um espaço interativo, conhecido como “Bancada da Selfie”, onde os visitantes poderão criar seus próprios autorretratos, mergulhando na experiência de exploração da autoimagem.
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Confira as informações para visitar a Exposição ‘Narciso – a beleza refletida’
O que: Exposição ‘Narciso – a beleza refletida’
Quando: De 04 de outubro de 2024 a 05 de janeiro de 2025
Horário: De terça a domingo, das 9h às 20h
Onde: Farol Santander São Paulo: Rua João Brícola, 24 – Centro, São Paulo/SP
Valores:
Inteira – R$ 40
Meia – R$ 20
Cliente Santander – R$ 36
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