Muitos brasileiros sonham em fazer uma graduação, sejam jovens terminando a escola ou adultos que não tiveram essa chance antes. Porém, como nem todos têm as mesmas oportunidades, os custos para ingressar em uma faculdade acabam sendo um obstáculo. Nesse cenário, alternativas que viabilizem esse objetivo aparecem como uma luz no fim do túnel.
Uma delas é o financiamento estudantil, um crédito específico para apoiar o ingresso de estudantes na universidade – um ponto de virada na vida de quem deseja e precisa desse passo na carreira. De maneira geral, ele possibilita que o estudante pague uma mensalidade menor ou pague apenas após sua formação.
Neste artigo, vamos explicar os detalhes sobre financiamento estudantil, como fazer e tudo o que você precisa saber para tirar o sonho da graduação do papel. Boa leitura!
Como funciona o financiamento estudantil?
Para muitos brasileiros, o acesso ao ensino superior ainda depende de alguns incentivos. Por isso, o financiamento estudantil é uma alternativa que pode tornar possível o ingresso de uma parcela de estudantes a cursos de nível superior, amenizando esse cenário.
Um dos mais conhecidos é o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), programa de financiamento estudantil público do Ministério da Educação. Por ele, o estudante pode financiar todas as mensalidades da graduação e começa a pagar as parcelas apenas após sua formação.
Também há o financiamento privado, que são linhas de crédito oferecidas por instituições financeiras com o objetivo de custear a formação de universitários.
Na prática, ele funciona como um empréstimo pessoal: o banco faz uma análise de crédito e empresta dinheiro ao estudante, pagando o valor do semestre ou do ano letivo diretamente à universidade. O estudante só vai pagar esse crédito após a formatura ou ainda ao longo do curso, em parcelas corrigidas com juros.
#DicaSantander: Muitas faculdades, tanto públicas como privadas, também oferecem bolsas de estudo integrais (com isenção da mensalidade) e parciais (que são pagas ao estudante), para alunos que têm bom desempenho acadêmico ou que se encaixam em critérios sociais ou econômicos específicos. Essa é mais uma possibilidade para quem não tem condições financeiras, mas tem o desejo de estudar.
Quais são os tipos de financiamento estudantil e como solicitar?
Os requisitos e processos de contratação do financiamento estudantil vão depender do programa escolhido. De forma geral, você deve ter em mãos alguns documentos básicos de comprovação de endereço e matrícula na universidade, contendo informações do curso e valores das mensalidades. Com isso, a instituição fará uma proposta de crédito.
A seguir, listamos os principais tipos de financiamento para ingresso ao ensino superior:
FIES
O Fundo de Financiamento Estudantil foi criado em 1999 pelo Ministério da Educação (MEC) para financiar – ou seja, parcelar as despesas do crédito fornecido – de cursos superiores particulares para alunos de baixa renda. Ele possibilita o acesso a um ensino de qualidade em instituições que sejam aprovadas com notas altas pelo próprio MEC, com pagamento após o término do curso.
Para aderir, o estudante deve ter:
- Renda familiar bruta de até 3 salários mínimos;
- Ter participado de ao menos uma edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2010;
- Ter tirado no mínimo 450 pontos no Enem;
- Não ter zerado a redação da prova.
Para mais informações sobre critérios e inscrição no programa, acesse o site da Seleção do Fies - FiesSeleção com sua conta Gov.br. Se for o primeiro acesso, basta realizar o cadastro na plataforma.
#FiqueLigado! As inscrições acontecem normalmente no início do semestre letivo. Em 2024, a seleção foi realizada no mês de março.
FIES Social
Em 2024, o governo federal trouxe mais uma modalidade do financiamento – o FIES Social, que oferece condições especiais para alunos de baixa renda custearem o curso em até 100% (o que não existia antes). A modalidade é estipulada por meio da Portaria nº 167/2024.
Nesta categoria, podem participar alunos que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa. As inscrições são feitas pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, e acontecem no primeiro semestre do ano.
Ainda assim, existe um teto de financiamento dentro do programa, assim como na versão tradicional para alunos com renda de até 3 salários mínimos: R$ 42,9 mil por semestre e R$ 60 mil para o curso de medicina são os limites para serem financiados.
Financiamento privado
Outra maneira de financiar os estudos é por meio de empréstimos estudantis, que não têm como requisito a apresentação da nota do Enem. Neste caso, existe uma análise de crédito para aceite ou não deste crédito ao estudante.
No Santander, você pode encontrar diferentes opções de crédito para realizar seu sonho. Confira as condições de pagamento, juros e prazos, e descubra qual serviço se encaixa mais com a sua realidade:
Quais as responsabilidades do estudante ao contratar um financiamento estudantil?
É importante destacar que, com o financiamento, o estudante ganha a facilidade de pagar parcelas menores ou até custear as mensalidades da sua faculdade apenas depois de finalizar o curso. Mas, é preciso ficar atento para cumprir esse compromisso ao término da graduação.
Por isso, deixamos algumas dicas de ouro para colocar no seu planejamento:
- Esteja ciente dos valores financiados: não deixe de fazer a gestão dos valores acordados e qual será a duração e valor da parcela da dívida. Confira prazos de pagamento, taxas de juros e preveja possíveis imprevistos;
- Pague as mensalidades em dia: o dinheiro do financiamento será usado para pagar as mensalidades, e é importante lembrar que o atraso no pagamento das parcelas pode gerar juros muito maiores sobre a dívida. Por isso, é ideal se organizar para cumprir com todo o pagamento para não ficar no prejuízo;
- Conheça as possibilidades de quitar o financiamento: caso você precise alterar o curso, trancar ou cancelar a graduação, esteja ciente de como você pode completar o pagamento;
- Programe-se para quitar após a graduação: deixe marcado o prazo que foi determinado para quitar o financiamento. Uma dica é começar a planejar esse pagamento próximo ao término do curso, buscando oportunidades de trabalho ou renda extra para não correr o risco de inadimplência;
- Faça controle de gastos: antes, durante e depois da graduação, a gestão dos seus gastos e valores que vai precisar arcar do financiamento é essencial. Tente poupar o máximo possível. Neste artigo, você aprende a montar um orçamento e como cuidar das suas finanças de uma forma simples.
Importante! Se você aderir ao FIES e aconteça de atrasar as parcelas, ou até ficar inadimplente ao final da graduação, saiba que você pode pedir por uma renegociação do seu financiamento, com prazos específicos divulgados a cada ano pelo governo federal. Clique aqui para saber as condições e como funciona a renegociação do FIES.
E se quiser um apoio extra para os estudos, conheça opções de bolsas e incentivos para universitários, incluindo uma plataforma de vagas de estágio que vão te preparar para o mercado de trabalho. Confira o conteúdo com todas as dicas: