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por Equipe Santander

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Artigos Salvos

A direita da imagem temos a ilustração de um homem sentado mexendo em seu notebook. Já a esquerda da imagem temos a frase ‘Ganhe acima da inflação’.

O cenário econômico brasileiro frequentemente é impactado pela inflação, que afeta o poder de compra e o enriquecimento das pessoas.

Para proteger o seu dinheiro e garantir que o valor investido se mantenha consistente ao longo do tempo, muitos investidores recorrem a opções de investimentos atrelados à inflação medida pelo índice IPCA.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta o que são esses investimentos, como funcionam e por que podem ser uma boa escolha para quem busca preservar o valor do seu capital frente à alta dos preços.Vamos lá?

O que é a inflação medida pelo IPCA?

A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é um indicador que mostra a variação média dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras.

Esse índice é importante porque reflete o aumento do custo de vida, ou seja, o quanto os preços sobem ao longo do tempo.

Se os preços aumentam, o valor do dinheiro diminui, o que pode afetar diretamente as finanças de quem investe. Por isso, é essencial monitorar o IPCA para ajustar suas estratégias de investimento.

Veja a variação do índice nos últimos anos:

Ano
IPCA
Meta de inflação
2024
4,83%
3%
2023
4,62%
3,25%
2022
5,79%
3,5%
2021
10,06%
3,75%
2020
4,52%
4%
2019
4,31%
4,25%
2018
3,75%
4,5%
2017
2,95%
4,5%
2016
6,29%
4,5%
2015
10,67%
4,5%

Fonte: IBGE

Em 2024, o IPCA acumulou 4,83%, 0,33 pontos percentuais acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No ano, os principais responsáveis pela inflação de 2024 foram os grupos Alimentação e Bebidas, Saúde e Cuidados Pessoais e Transportes, que juntos contribuíram com cerca de 65% do índice.

Por fim, a gasolina teve o maior impacto individual, com alta de 9,71% no ano. Por outro lado, itens com preços voláteis, como passagens aéreas, tomate e cebola, ajudaram a reduzir o índice, com quedas acumuladas e impactos negativos no IPCA de 2024.

O que são e por que fazer investimentos atrelados à inflação?

Investimentos atrelados à inflação são aqueles que têm seu rendimento ajustado conforme a variação da inflação, geralmente medida pelo IPCA, o nosso termômetro inflacionário oficial.

Isso significa que, ao investir nesses produtos, seu retorno acompanha a alta dos preços, protegendo seu poder de compra contra a perda de valor do dinheiro.

Fazer investimentos atrelados à inflação é uma forma de garantir que seu dinheiro não perca valor ao longo do tempo e gere enriquecimento de verdade quando você consegue superá-la.

O que é o ganho real nos investimentos?

Portanto, o ganho real nos investimentos é o retorno que você obtém acima da inflação. Em outras palavras, é o lucro efetivo que você tem, levando em consideração que a inflação pode diminuir o poder de compra do seu dinheiro.

No longo prazo, o ganho real é o que importa, pois é ele que garante que seu dinheiro cresça de fato, preservando seu poder de compra e aumentando seu patrimônio.

Investimentos que apenas acompanham a inflação, sem gerar um ganho real, podem não ser suficientes para atingir objetivos financeiros de longo prazo, como aposentadoria ou a compra de bens de maior valor.

Quais são os investimentos atrelados à inflação (IPCA)?

Afinal, onde investir para se proteger da inflação? Hoje, são várias as possibilidades, sobretudo na renda fixa, o que inclui o Tesouro Direto, CDBs, títulos privados, fundos de investimento e algumas alternativas na bolsa de valores.

Vamos conhecer alguns dos investimentos atrelados à inflação (IPCA):

1. Tesouro IPCA+

O Tesouro IPCA+ é um título público emitido pelo governo brasileiro, em que o rendimento é composto pela variação da inflação (medida pelo IPCA) mais uma taxa de juros fixa.

Isso significa que, ao investir neste produto, você ganha tanto a variação do IPCA do período, que protege seu poder de compra, quanto uma rentabilidade adicional, o ganho real.

Esse tipo de investimento oferece a segurança de estar atrelado à inflação, garantindo que seu dinheiro cresça acima dela.

Logo, é uma boa opção para quem busca proteger o capital da desvalorização da moeda e ainda obter um rendimento extra no longo prazo.

2. CDBs

Além do Tesouro, existem CDBs atrelados ao IPCA, e eles podem oferecer proteção contra a inflação.

Esses CDBs têm a vantagem de garantir que o rendimento acompanhe a variação do IPCA, ou seja, eles oferecem um retorno que acompanha a alta dos preços.

Além disso, eles também costumam pagar uma taxa adicional fixa sobre o IPCA, o que proporciona um ganho real — ou seja, um rendimento que supera a inflação.

3. Títulos privados (LCI, LCA, CRIs e CRAs)

Alguns títulos privados, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), podem oferecer proteção contra a inflação, se forem atrelados ao IPCA.

Por outro lado, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) normalmente têm rendimento fixo e não oferecem proteção contra a inflação, a menos que sejam especificamente estruturadas para isso. Porém, esses títulos têm a vantagem de serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.

4. Debêntures

As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas, onde o investidor empresta dinheiro para a empresa em troca de uma rentabilidade.

Algumas delas podem ser atreladas à inflação, o que significa que seu rendimento vai acompanhar a variação do IPCA (inflação), além de uma taxa adicional fixa.

Existem dois tipos principais de debêntures atreladas à inflação:

- Debêntures atreladas ao IPCA: o rendimento é composto pela variação do IPCA mais uma taxa fixa, garantindo que seu investimento cresça acima da inflação.

- Debêntures incentivadas: são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas e, assim como as debêntures comuns, podem ser atreladas ao IPCA, oferecendo proteção inflacionária.

5. Fundos de renda fixa

Ademais, muitos fundos de renda fixa podem ter estratégias de investimento atreladas ao IPCA. Esses fundos buscam garantir que seus rendimentos acompanhem a inflação, protegendo o poder de compra do investidor.

Eles fazem isso investindo em títulos públicos ou privados, como o Tesouro IPCA+, CDBs ou debêntures atreladas à inflação, que têm o rendimento composto pela variação do IPCA mais uma taxa adicional.

Portanto, esses fundos oferecem diversificação, o que ajuda a reduzir os riscos ao distribuir o investimento entre diferentes ativos.

6. Bolsa de Valores

Na bolsa de valores, alguns tipos de investimentos, como FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários), ações e ETFs de renda fixa, podem, em certa medida, ajudar a proteger contra a inflação, embora de formas diferentes.

 - FIIs (Fundos Imobiliários): alguns FIIs investem em imóveis cujos aluguéis são reajustados pela inflação, geralmente com base no IPCA. Isso significa que, quando a inflação sobe, o valor dos aluguéis também tende a subir, o que pode resultar em rendimentos maiores para os investidores.

- Ações: a relação entre ações e inflação é mais indireta. Empresas que conseguem aumentar seus preços de vendas conforme a inflação, ou aquelas com alta demanda, podem ter seus lucros aumentados, o que pode refletir em uma valorização das ações. Além disso, companhias bem sucedidas podem aumentar o valor distribuído aos acionistas em forma de dividendos, oferecendo um ganho adicional.

- ETFs de Renda Fixa: alguns ETFs de renda fixa investem em títulos públicos ou privados atrelados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+. Isso garante que o rendimento do ETF acompanhe a inflação, protegendo o poder de compra do investidor.

Portanto, embora esses investimentos não sejam diretamente "protegidos" contra a inflação como o Tesouro IPCA+, eles podem oferecer formas de se beneficiar da alta dos preços, dependendo da estratégia adotada pelos fundos ou empresas.

Se tiver dúvidas sobre onde investir, qual produto é mais arriscado ou qual faz mais sentido para o seu perfil de investidor, consulte um Assessor de Investimentos ou o gerente da sua conta para mais informações.

Lembre-se também de diversificar a carteira e evitar assumir riscos desnecessários, garantindo uma estratégia de investimentos mais segura e alinhada aos seus objetivos financeiros.

Importante: os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Qualquer informação contemplada neste material deve ser confirmada quanto às suas condições, antes da conclusão de qualquer negócio. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. O Banco Santander (Brasil) S. A. (“Banco Santander”) não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo.

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