O Pix, o sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central do Brasil (Bacen) em 2020, tem se tornado cada vez mais popular entre os brasileiros. Com sua conveniência e rapidez nas transações, o Pix rapidamente se consolidou como uma das formas de pagamento preferidas do país.
No entanto, com a adoção em massa pelo público, também surgiram novas tentativas de golpes. Por isso, o Banco Central está preocupado com a segurança do Pix e buscando resolver esses problemas.
De acordo com o próprio Banco Central, serão implementadas algumas mudanças nas regras do Pix, com foco principal em limitar o valor de transações em novos dispositivos.
Então, quais são exatamente as novas regras do Pix? E o que elas significam para os usuários? No texto a seguir, vamos entender os detalhes dessas alterações e, principalmente, como elas impactarão o seu dia a dia.
O que mudou no Pix?
De acordo com o Banco Central, as principais mudanças nas regras do Pix são:
1. Limite de valor por transação: será implementado um limite de R$ 200 por transação em novos dispositivos, ou seja, aqueles que ainda não foram cadastrados na instituição financeira do usuário.
2. Limite diário: além do limite por transação, haverá também um limite diário de R$ 1.000 para transferências realizadas a partir de dispositivos não cadastrados.
Essas novas regras se aplicam apenas a transferências iniciadas em dispositivos que não estejam cadastrados na instituição financeira do usuário. Os limites vão permanecer assim até que o usuário confirme junto ao banco que aquele novo aparelho pode ser liberado para transações maiores.
Caso o usuário esteja utilizando um dispositivo já vinculado à sua conta, os limites atuais do Pix continuarão valendo, sem nenhuma alteração.
O objetivo dessas mudanças é criar uma trava de segurança para evitar que alguém que consiga a senha de um usuário e possa realizar transferências indevidas em larga escala. Ao impor esses limites para novos dispositivos, o Bacen espera dificultar o acesso não autorizado à conta do usuário.
Por que essas mudanças no Pix foram necessárias?
Um dos principais problemas enfrentados pelo Pix é a possibilidade de transferências indevidas, quando alguém consegue obter a senha de um usuário e realiza movimentações financeiras sem a autorização do titular da conta.
Embora o Pix seja uma ferramenta segura e com diversos mecanismos de proteção, esse tipo de situação ainda pode ocorrer, especialmente em casos de descuido ou vazamento de informações confidenciais por parte dos usuários.
Imagine a seguinte situação: alguém consegue obter a senha de um usuário do Pix através do golpe da falsa central telefônica e, com essa informação, realiza uma série de transferências de grandes valores. Sem nenhum tipo de limite, essa pessoa poderia causar sérios prejuízos financeiros à vítima.
Com os novos limites de R$ 200 por transação e R$ 1.000 por dia em dispositivos não cadastrados, essa possibilidade de dano fica bastante reduzida. Mesmo que o invasor consiga a senha, ele não poderá realizar transferências de valores muito altos, limitando os prejuízos.
Ao impor esses novos limites de valor e quantidade de transações em dispositivos não cadastrados, o Bacen busca criar uma camada adicional de segurança, dificultando o acesso indevido à conta do usuário e reduzindo os possíveis danos causados por golpes.
Além disso, essas medidas também visam incentivar os usuários a manter seus dispositivos vinculados à sua instituição financeira, garantindo um nível de segurança mais elevado para suas transações.
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O que isso significa para você?
Para a grande maioria dos usuários do Pix, essas novas regras não deverão causar grandes impactos no dia a dia. Afinal, a maior parte das pessoas utiliza o Pix por meio de dispositivos já cadastrados em suas contas bancárias, o que significa que os limites atuais continuarão valendo normalmente.
No entanto, caso um usuário precise realizar uma transação Pix por meio de um dispositivo que nunca tenha sido utilizado para essa finalidade, ele poderá se deparar com os novos limites de R$ 200 por transação e R$ 1.000 por dia.
Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando alguém precisa fazer um pagamento usando o celular de um amigo ou de um familiar. Nesse caso, a transação ficará limitada aos novos valores estabelecidos pelo Banco Central.
#FiqueLigado: como dito anteriormente, esses limites se aplicam apenas a transferências realizadas a partir de dispositivos não cadastrados. Caso o usuário esteja utilizando um dispositivo vinculado à sua conta bancária, os limites atuais do Pix continuarão valendo normalmente.
Embora possa gerar um pouco mais de inconveniência em alguns casos específicos, a expectativa é que essas medidas contribuam para a proteção dos usuários e a integridade do sistema de pagamentos instantâneos.
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O futuro do Pix terá muitas inovações
À medida que o Pix se consolida como um dos principais métodos de pagamento no Brasil, o Banco Central tem se empenhado em aprimorar constantemente a segurança e a confiabilidade do sistema.
As novas regras de limite de valor e quantidade de transações em dispositivos não cadastrados são apenas uma das iniciativas nesse sentido. O Bacen também tem trabalhado em outras frentes para fortalecer a proteção dos usuários, além de cada vez mais praticidade.
Entre elas, podemos citar o Pix Automático, Pix Agendado Recorrente, Pix por aproximação e muitas outras. Quer conhecer as novas funcionalidades que prometem mudar a sua vida financeira? A gente te conta aqui.
Além disso, o Banco Central tem incentivado as instituições financeiras a investirem em tecnologias avançadas de segurança, como a autenticação biométrica, para garantir uma camada extra de proteção aos seus clientes.
Pix no Santander
Como vimos, as mudanças incentivam você a manter seus dispositivos vinculados ao seu banco garantindo maior segurança para as suas transações. Se você ainda não cadastrou sua chave com o Santander, a hora é agora.
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Fonte: Banco Central