No mundo das finanças, entre outras siglas, o termo RDB pode soar complexo, mas sua estrutura simples é crucial para investidores de Renda Fixa.
O Recibo de Depósito Bancário, ou RDB, representa uma forma de investimento que combina segurança e rentabilidade, especialmente em tempos de juros altos.
Entender como funciona essa aplicação não apenas amplia o horizonte de investimentos, mas também proporciona uma visão mais clara sobre estratégias financeiras pessoais e empresariais.
Então, leia até o final e domine o assunto!
O que é RDB e como funciona?
O RDB, ou Recibo de Depósito Bancário, é um tipo de investimento oferecido por bancos, cooperativas de crédito e outras instituições. Ele funciona de forma semelhante ao CDB, mas com algumas particularidades.
Ao investir em um RDB, você igualmente está emprestando dinheiro à instituição por um período conhecido na descrição do produto.
Em retorno, vai receber uma remuneração prefixada (definida no momento do investimento) ou pós-fixada (atrelada a algum índice financeiro).
Sobre os prazos, geralmente, os RDBs têm períodos mínimos de aplicação e não permitem resgate antecipado (antes do vencimento).
Onde é possível encontrar o RDB para investir?
Como você aprendeu no tópico anterior, os RDBs estão disponíveis em bancos comerciais e/ou de investimento, sociedades ou cooperativas de crédito.
Contudo, eles são mais difíceis de encontrar em abundância como os CDBs, pois são poucas instituições que o oferecem.
Desse modo, é possível investir em RDBs por meio de aplicativos, sites ou plataformas de investimento online que ofereçam esse tipo de produto financeiro.
No mais, antes de investir, é recomendável comparar as condições oferecidas por diferentes instituições, como prazo de aplicação e taxa de remuneração, para escolher a melhor alternativa. Além de considerar apenas instituições confiáveis e credenciadas nos principais órgãos reguladores.
Quais são os riscos dos RDBs?
Assim como outros produtos da Renda Fixa, via de regra, os RDBs são considerados investimentos de baixo risco.
Porém, como qualquer aplicação financeira, existem alguns pontos de atenção para o investidor. São eles:
1 - Risco de crédito: existe o risco de que o emissor do RDB não cumpra com suas obrigações financeiras. Por outro lado, há possibilidade de cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e conglomerado financeiro, sendo o teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ.
2 - Risco de liquidez: os RDBs não podem ser resgatados antes do prazo e, por isso, sua liquidez é praticamente inexistente, caso o emissor não flexibilize essa regra.
3 - Risco de mercado: em RDBs com rentabilidade pós-fixada, o rendimento pode ser afetado por variações de índices financeiros.
4 - Risco de longo prazo: investimentos de longo prazo podem estar sujeitos a mudanças nas condições econômicas que afetam sua rentabilidade.
5 - Risco de regulação: alterações na regulamentação podem impactar as condições desse investimento.
Lembrando que o FGC garante até R$ 250 mil do total de créditos elegíveis contra o Santander e instituições do mesmo conglomerado financeiro.
A garantia é concedida por CPF/CNPJ e, no caso de contas ou investimentos conjuntos, o valor é dividido entre correntistas ou investidores.
A relação de créditos elegíveis com cobertura do FGC encontra- se no Anexo II, Art. 2º, da Resolução 4.222/13 do Conselho Monetário Nacional.
No mais, depósitos e investimentos realizados após 21 de dezembro de 2017 possuem o teto de R$ 1 milhão por CPF/CNPJ a cada período de 4 anos consecutivos.
Então, é primordial que o investidor avalie cuidadosamente esses riscos, além de ler o contrato e buscar orientação adequada sobre seus investimentos em RDBs e demais ativos.
Quais são os impostos da aplicação em RDB?
Os RDBs seguem a tributação padrão para investimentos de Renda Fixa no Brasil, conforme a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR), que varia de acordo com o prazo de aplicação.
Portanto, o que o produto render passará pelas seguintes alíquotas:
- Até 180 dias: IR de 22,5% sobre o rendimento.
- De 181 a 360 dias: 20% sobre o rendimento.
- De 361 a 720 dias: 17,5% sobre o rendimento.
- Acima de 720 dias: 15% sobre o rendimento.
Qual é a diferença entre RDB e CDB?
A principal diferença entre RDB (Recibo de Depósito Bancário) e CDB (Certificado de Depósito Bancário) está na forma como são emitidos e nas condições de resgate. O que isso significa?
Hoje, o RDB é emitido por poucas instituições financeiras. Os principais bancos preferem a emissão de CDBs para se financiar e, por isso, eles são mais facilmente encontrados.
Como vimos, sobre a liquidez, no caso dos CDBs, muitos têm liquidez diária (permite transformar o investimento em dinheiro no mesmo dia). Nos RDBs, não é possível fazer isso antes da data do vencimento.
Ademais, geralmente os CDBs oferecem mais flexibilidade em relação a prazos de resgate, além de uma maior diversidade de emissores.
Isso pode proporcionar ao investidor mais alternativas para escolher produtos que atendam melhor aos seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
RDB rende mais que CDB?
Não necessariamente. A rentabilidade do CDB pode ser igual ou, como em muitos casos, até superior à do RDB, dependendo das condições de mercado, da política de rentabilidade do banco emissor e do prazo escolhido.
Então, os CDBs podem oferecer uma variedade maior de possibilidades em termos de prazos e taxas de remuneração, o que pode permitir ao investidor encontrar produtos que se adequem melhor às suas metas financeiras.
Além disso, como os CDBs são preferidos por diversos bancos comerciais e de investimento, há uma competição maior que pode resultar em condições mais favoráveis para o investidor em comparação aos RDBs.
Em qual deles devo investir: RDB ou CDB?
Para a maioria dos investidores, o CDB geralmente oferece vantagens que podem ser mais atraentes se comparado ao RDB.
Como apresentado aqui, isso se deve à maior diversidade de emissores, o que proporciona uma variedade maior de prazos e condições de rentabilidade.
Além disso, os CDBs podem oferecer condições competitivas de mercado devido à concorrência entre os bancos emissores, potencialmente resultando em melhores oportunidades de retorno.
Por fim, a flexibilidade nos prazos de investimento e a possibilidade de resgate antecipado são outros pontos positivos que favorecem o CDB como uma escolha preferencial para muitos investidores.
No entanto, é sempre recomendável analisar as condições específicas de cada investimento e considerar seu perfil de risco e objetivos antes de decidir onde investir.
Importante: os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Qualquer informação contemplada neste material deve ser confirmada quanto às suas condições, antes da conclusão de qualquer negócio. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. O Banco Santander (Brasil) S. A. (“Banco Santander”) não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo.