A gente sabe que às vezes é difícil manter a disciplina e guardar dinheiro para começar uma reserva de emergência, mas depois que começamos a colocar em prática esse hábito, conseguimos nos organizar com mais tranquilidade, sem atrapalhar o orçamento familiar ou comprometer a renda mensal.
Apesar de ser um desafio no início, aos poucos você consegue ver essa reserva aumentando e percebe que ela representa uma fonte de segurança e estabilidade para situações de emergência.
O que é a reserva de emergência e qual o valor ideal?
A reserva de emergência é um valor guardado para cobrir despesas inesperadas, como perda de emprego, problemas de saúde ou consertos urgentes.
O valor recomendado varia de pessoa para pessoa, mas geralmente é de 3 a 12 meses do seu custo de vida.
Assim sendo, avaliar os seus gastos mensais fixos é um bom ponto de partida. Essa reserva deve ser suficiente para cobrir seu custo de vida por um tempo confortável.
Como montar sua reserva de emergência?
Com disciplina, sua reserva crescerá e garantirá mais tranquilidade financeira. Para montar sua reserva de emergência, siga estes passos:
- Calcule o valor necessário: o ideal é guardar de 3 a 12 meses do seu custo de vida (aluguel, contas, alimentação, etc.).
- Defina um valor mensal para guardar: reserve uma parte do seu salário todo mês até alcançar seu objetivo.
- Escolha onde investir: opte por investimentos de baixo risco e com liquidez diária, como CDBs, poupança, Tesouro Selic ou fundos DI.
- Evite resgatar sem necessidade: use o dinheiro apenas para emergências reais e não para gastos supérfluos ou desejos de consumo.
- Reforce sempre que puder: sempre que sobrar dinheiro, aumente sua reserva para mais segurança.
Onde investir a reserva de emergência?
O ponto principal é que a reserva de emergência deve ser fácil de acessar e segura, sem risco de grandes perdas.
O ideal é guardar esse dinheiro em aplicações que oferecem liquidez diária e rentabilidade próxima ao CDI, como contas remuneradas, CDBs com liquidez diária ou fundos DI.
Portanto, as principais possibilidades de investir a sua reserva de emergência são:
1. Fundos DI: investem pelo menos 95% dos seus recursos em títulos de baixo risco que acompanham a taxa DI;
2. Tesouro Selic: rende ao menos igual à taxa Selic, a taxa básica de juros do Brasil. Mas é preciso saber que, como ele é negociado todos os dias, pode sofrer uma variação de preços diariamente, correndo o risco de ter uma variação negativa justamente no dia que você precisa sacar o dinheiro para uma emergência.
3. CDBs de grandes bancos: também não possuem carência (longa data de resgate) e nem costumam cobrar taxas elevadas de administração.
4. LCI e LCA com liquidez diária: são isentas de imposto de renda e rendem próximo ao CDI, mas nem sempre têm boa rentabilidade.
A poupança serve para guardar a reserva de emergência?
A poupança pode ser usada para a reserva de emergência, mas não é a melhor opção. Isso porque:
- Rende pouco: a rentabilidade da poupança é menor que a de outras opções seguras, como CDBs com liquidez diária ou Tesouro Selic.
- Rendimento só uma vez por mês: o dinheiro só cresce a cada 30 dias, enquanto outras opções rendem diariamente.
Funciona assim: se você depositar, por exemplo, o dinheiro no dia 5 só receberá algum ganho no dia 5 do próximo mês. Se você precisar sacar antes destes 30 dias, o seu dinheiro não terá crescido e é como se estivesse parado na conta corrente. Daí a vantagem do CDB com rentabilidade diária em relação à poupança.
Se já tem sua reserva na poupança, considere migrar para investimentos que paguem mais sem perder segurança e liquidez.
Como fazer a reserva de emergência render mais?
Para melhorar o desempenho desse dinheiro guardado, ou seja, fazer com ele fique trabalhando para render, o ideal é que uma parte dele seja investida.
Para isso, é necessário que você busque por uma aplicação que tenha opção de resgate imediato, o que, na prática, permite que você possa usar, sem sofrer perda do capital, o dinheiro assim que surgir um imprevisto.
Essa aplicação deve seguir três pilares: segurança, liquidez e baixa oscilação de mercado. Uma boa alternativa, nesse caso, é o Certificado de Depósito Bancário, o famoso CDB com liquidez diária, resgate imediato e sem carência.
Ele acompanha a taxa DI (Depósito Interbancário) com rendimentos diários para caso você tenha alguma emergência e precise sacar o dinheiro no dia seguinte.
Mas, lembre-se: por ser um investimento para construção de uma reserva de emergência, seu objetivo não é obter alta rentabilidade, mas sim utilizar o dinheiro para imprevistos e proteger o seu patrimônio.
Além disso, sempre que precisar resgatar esse valor, lembre-se de repor assim que possível, afinal, manter sua reserva ativa é fundamental para sua saúde financeira.
Importante: os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Qualquer informação contemplada neste material deve ser confirmada quanto às suas condições, antes da conclusão de qualquer negócio. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. O Banco Santander (Brasil) S. A. (“Banco Santander”) não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo.