A compra de um imóvel envolve muitos processos e documentações até a entrega das chaves. Um dos principais é a escritura de imóvel, documento essencial para quem está prestes a realizar uma das transações mais significativas da vida.
Por isso, entender todos os custos envolvidos na emissão deste documento e como cada etapa funciona é fundamental para se preparar financeiramente. Neste artigo, vamos compreender os números por trás da aquisição de uma propriedade e como esses gastos podem moldar o orçamento envolvido na escritura. Vamos à leitura?
Entenda o que é a escritura de imóvel
Antes de explorar os valores da escritura, vamos entender bem do que se trata este documento.
A escritura de imóvel é um contrato registrado em cartório que oficializa a transferência de uma propriedade do vendedor para o comprador. É ela que dá o direito ao imóvel, ou seja, que assegura a compra e posse de um terreno, casa ou apartamento.
Nela, há o registro do nome dos envolvidos na negociação, o valor da venda, meios de pagamento e datas pertinentes ao acordo.
Para ser válido, o documento precisa ter as assinaturas dos envolvidos na compra e venda reconhecidas por um tabelião em um cartório de notas. Isso é o que torna a escritura um documento válido juridicamente para comprovar a venda do bem.
Importante destacar que outros documentos também precisam ser emitidos para efetivar essa transferência. É o caso do registro do imóvel, que torna públicas as informações sobre sua existência e todo o seu histórico, condições e a quem ele pertence.
Entretanto, a escritura é essencial para emitir este e todos os demais documentos que comprovem e corroborem a posse do imóvel – e por isso ela é tão importante.
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Qual o valor da escritura de imóvel?
Sabemos que a compra de um imóvel é de fato um investimento a ser bem planejado, já que envolve alguns gastos que vão além do custo da propriedade. O valor da escritura de imóvel é um deles, que vai variar de acordo com cada estado.
Cada unidade da federação tem uma tabela progressiva que estabelece o valor final do documento, que também depende da faixa de valor da propriedade. Para ter acesso às tabelas e saber quanto o documento custa em cada estado, visite a página da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG-BR).
Normalmente, a taxa da escritura gira em torno de 2% a 3% do valor do imóvel. Para visualizar a variação, vamos ver um exemplo comparativo:
A escritura de um imóvel em São Paulo na faixa de R$ 70.720,01 até R$ 106.080,00 tem o valor de R$ 2.057,60. Já no Rio Grande do Sul, o documento para imóveis entre R$ 89.078,31 a R$ 111.348,10 custa bem menos: R$ 743,40 – valores para 2024.
Por isso, vale aquele reforço: coloque todos os custos na ponta do lápis para não pesar no orçamento e sempre esteja munido de informação. Seja para comprar um imóvel na planta ou já construído, ter um bom planejamento é o segredo do negócio.
E é possível fazer escritura de imóvel gratuita?
Para alguns casos específicos, sim: é possível tirar o documento sem custos. Para isso, é preciso cumprir os seguintes critérios:
- Ser o primeiro imóvel que está adquirindo;
- Receber até 3 salários mínimos;
- Comprar o imóvel pelo programa Minha Casa, Minha Vida – que oferece descontos de 75% a 100% para emitir o documento;
- Adquirir o imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- Usar o imóvel apenas para residência.
Também é possível solicitar a isenção do pagamento pela escritura nos cartórios. Para isso, é preciso comprovar a falta de recursos para quitar este custo.
Legalmente, esta possibilidade está prevista apenas quando há um processo vigente exigindo um documento emitido pelo cartório. Se não houver ação judicial, o pedido de isenção será aceito de acordo com os critérios do estado.
ITBI: tributo essencial para tirar a escritura
Além do custo da escritura, existem outras taxas que fazem parte do processo de transmissão de posse de um imóvel. Inclusive, uma delas é essencial para a realização da própria escritura.
É o caso do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), um valor a ser pago à prefeitura do município em que a propriedade está localizada. Esse imposto deve ser quitado no momento da aquisição do imóvel, sendo crucial para oficializar o processo de compra e venda.
O valor do ITBI também varia de uma cidade para outra, ficando geralmente entre 2% e 4% do valor do imóvel. É a partir desse tributo ao município que a documentação é liberada e a propriedade pode ser vendida e registrada.
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