Atualizado em 16-12-2024

por Equipe Santander

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No dia 11 de dezembro de 2024, o Banco Central do Brasil anunciou que aumentou a taxa Selic em 12,25%, sendo o segundo aumento desde 2022.

Apesar de ser um aumento, você pode conferir no conteúdo abaixo como ficam os seus investimentos no caso de a Selic voltar a ter queda.

Afinal, seja o aumento ou a queda, essa taxa faz diferença na sua vida e tem repercussões em diferentes setores, já que influencia diretamente nas taxas de juros cobradas em empréstimos e financiamentos, como o crédito pessoal e o financiamento imobiliário, além de ser fator determinante para a rentabilidade de investimentos.

Ou seja, se você é investidor ou pretende iniciar atividades nesse universo, continue a leitura para saber o que a taxa Selic quer dizer e quais são as alternativas para as suas aplicações.

O que fazer com os investimentos após a baixa da Selic?

Falamos com Samuel Ferrarezi, Estrategista de Investimentos do Banco Santander, e, segundo ele, antes de definir quais produtos devem entrar na carteira, o investidor precisa ter quatro pontos esclarecidos:

- Ter clareza do próprio perfil de investidor, ou seja, qual a proporção de riscos e incertezas está disposto a assumir;

- Conhecer o panorama geral da economia;

- Saber quais são as expectativas do mercado financeiro, pois isso reflete nos preços e nas taxas que encontramos hoje;

- Avaliar quais são as suas (do investidor) expectativas ou da instituição que ele quer tomar por referência.

Após a queda da taxa Selic, os investidores geralmente enfrentam novos cenários econômicos e financeiros que podem influenciar suas estratégias de investimento. Embora não seja possível fornecer conselhos específicos sem conhecer profundamente suas metas, perfil de risco e outros fatores pessoais, dá para trabalharmos com projeções em diferentes cenários.

1. Se você acredita que os juros irão cair mais rapidamente, os títulos prefixados podem ser uma alternativa. O patamar de 11,25% ainda é elevado e esses títulos se beneficiam de uma Selic alta.

Na renda fixa, existe um bom leque de opções com maior liquidez. Entre eles estão: os fundos DI, CDBs e Tesouro Selic.

Se você não está visando resgatar seus investimentos em qualquer momento, as letras também aparecem como boas alternativas, como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra Imobiliária Garantida (LIG), que têm como vantagem serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Já se você tem um perfil mais arrojado e está disposto a alguns riscos, na renda variável, podem ser opções de investimento as ações e os fundos imobiliários.

2. Por outro lado, se você acha que a queda da Selic vai ser ainda mais lenta em comparação com a expectativa do mercado financeiro, a dica é ficar nos conservadores e apostar nos pós-fixados, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e fundos DI.

3. Mas se as expectativas do investidor estiverem alinhadas aos analistas e especialistas do mercado financeiro, que acreditam numa redução lenta e gradual, é recomendado manter a carteira na renda fixa com gestão ativa, que costuma pagar maiores prêmios em relação aos títulos públicos, por possuírem um pouco mais de risco.

Se esse for o seu caso, pense no Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA) e Debêntures Incentivadas, cujas rentabilidades podem ser atreladas à inflação, que é uma forma de proteger parte da carteira contra a variação dos preços, além de serem isentos de IR para pessoa física.

A importância da diversificação

Se você é novo no mundo dos investimentos, já deve ter percebido que para saber onde colocar seus recursos é preciso entender a sua realidade financeira, seus objetivos, a conjectura atual da economia e fazer uma projeção do que deve acontecer no curto e longo prazo. Porém, há uma dica recorrente: diversifique seus investimentos.

Ao diversificar adequadamente, o risco é diluído, pois você tende a diminuir a chance de que todos os investimentos sofram simultaneamente, devido a um momento de crise.

Ferrarezi indica que o caminho é a diversificação, com investimentos em renda fixa (pós e pré), inflação, títulos de crédito privado e, para quem tem um pouco mais de apetite a risco, a classe dos fundos multimercados. Esta última modalidade possui maior flexibilidade, pois permite que os gestores dos fundos tenham acesso a diferentes mercados como renda fixa, renda variável e câmbio, tanto no Brasil, quanto no exterior, com agilidade.

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Como é tomada a decisão de aumentar ou baixar a Selic?

A taxa Selic é definida e regulada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), órgão do Banco Central do Brasil (Bacen), e serve como referência para outras taxas de juros no país, influenciando as taxas de empréstimos e investimentos em toda a economia brasileira.

O COPOM se reúne regularmente, diversas vezes ao ano, com o intuito de analisar dados econômicos e, com essas informações, tomar decisões sobre a Selic.

O processo envolve algumas etapas:

Análise de indicadores econômicos: o COPOM fica de olho em indicadores importantes, como inflação, crescimento econômico, taxa de desemprego, indicadores fiscais e desenvolvimentos no setor externo. Esses dados apontam um direcionamento de como a economia brasileira está se comportando, se está saudável ou precisando de algum tipo de suporte.

Meta de inflação: o Bacen trabalha com metas de inflação, ou seja, ele estima um número a ser alcançado e utiliza ferramentas econômicas para levar a inflação brasileira para aquele patamar. As decisões sobre a Selic, por exemplo, têm o objetivo de manter a inflação dentro dessa faixa.

Deliberação e votação: os membros do COPOM, durante os encontros, apresentam suas opiniões e debatem sobre a economia, analisam os dados, fazem projeções e votam se devem aumentar, diminuir ou manter o valor atual da Selic. Em seguida, é feita a comunicação para a imprensa e população da decisão tomada.

Em outras palavras, as decisões que alteram a taxa Selic podem ter efeitos significativos na economia do Brasil.

Resumidamente, ao reduzir a Selic, espera-se que a atividade econômica se fortaleça, tornando os empréstimos mais baratos e incentivando os investimentos e consumo. Por outro lado, ao aumentar a taxa, a ideia é controlar a inflação e estabilizar a moeda, reduzindo demanda e aumentando os custos de empréstimos.

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